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NOVA versão do regulamento de apostas cruzadas

NOVA versão do regulamento de apostas cruzadas

O processo de regulamentação do jogo online em Portugal teve mais um passo importante: foi revista a 1ª versão do regulamento de apostas cruzadas, e foi completamente alterado o ponto que falava nas comissões que o operador tinha de cobrar, deixando agora a cargo desse operador a liberdade para decidir o modelo de taxação que quer aplicar.

por Rui Teixeira   |   comentários 0
quinta, outubro 1 2015

Acabou de ser publicada a nova versão do Regulamento de Apostas Cruzadas no site do SRIJ.

Principal boa notícia:

  • foi removida a obrigatoriedade da comissão ser cobrada por cada aposta (nem nas ganhadoras, nem nas perdedoras);
  • o "ponto 7" foi completamente reescrito e agora deixa ao critério de cada bolsa de apostas elaborar as comissões que quiser.

Novo ponto 7:

7 - A entidade exploradora fixa nas regras específicas o montante da comissão a cobrar pela exploração das apostas, a qual não pode ser inferior a 3%.

DOWNLOAD PDF da NOVA VERSÃO do Regulamento das Apostas Desportivas Cruzadas

Em resumo, podemos afirmar que as sugestões da ANAon foram ouvidas e estão refletidas nesta nova revisão do documento:

  • Ponto 2.u) – alteração da ordem da frase para clarificar a fórmula de cálculo do prémio: prémio=(Odd-1)*montante
  • Ponto 7. – modificação integral do texto, deixando serem os operadores a definir as comissões a aplicar
  • Ponto 15. (antigo ponto 13.) – clarificar que a ordem de colocação das apostas é respeitada na correspondência de apostas de um certo valor de Odd, introduzir “a cada cota” no texto, porque é certo que é respeitada a ordem de entrada na fila, mas antes disso está o princípio da melhor Odd para ser respeitado
  • Ponto 25. (antigo ponto 23.) – no registo da aposta deve estar a indicação da “seleção escolhida” e não propriamente a informação dos “resultados possíveis” como estava antes por erro

Todos os pontos acima identificados pela ANAon foram ouvidos pelo Turismo de Portugal e corrigidos na versão do projecto de regulamento de apostas cruzadas hoje publicada.
Aproveitamos para deixar o nosso agradecimento público ao regulador, que teve a capacidade de ouvir os apostadores e perceber o que tinha obrigatoriamente de ser mudado.

Este regulamento foi alvo e várias modificações e tem agora mais 10 dias úteis de prazo para recolha de sugestões, contributos. Novo prazo esse que termina a 15 de Outubro.


REUNIÃO DA ANAon

Vamos fazer uma reunião da ANAon, no TeamSpeak da ANAon, na próxima terça-feira, dia 06 às 21h00, tendo como motivo a discussão da nova versão do regulamento de apostas cruzadas.

Inscrevam-se na ANAon (www.anao.pt) para receberem o E-mail com instruções para a participação na reunião.

Cumprimentos
PR

 

Atualização a 28.10.2015:

A ANAon obteve hoje mesmo a informação por parte do regulador que está ainda a analisar as contributos recebidos para o projecto de regulamento de apostas desportivas cruzadas, e que estão a fazer todos os possíveis para conseguir enviar para a Comissão Europeia a versão final deste regulamento até ao fim da próxima semana, ou seja, até dia 6 de Novembro. Esta data não é vinculativa, é apenas uma data indicativa da previsão que têm neste momento.

Também foi esclarecido que não estão à espera que regressem os regulamentos de outros tipos de apostas já enviados em Agosto para a Comissão Europeia. Esse é um processo independente, e este regulamento final não está dependente da resposta que regressar da Comissão Europeia relativamente aos primeiros regulamentos de jogo online enviados em Agosto.

Uma última nota para a confirmação que obtivemos de que o regulamento de apostas hípicas cruzadas sairá em regulamento independente, projecto de regulamento esse que será colocado em discussão pública em breve, logo de seguida ao envio da versão final do regulamento de apostas desportivas cruzadas para a Comissão Europeia.


Atualização a 6.11.2015:

Falo em nome da ANAon apenas para dizer que não temos novidades.
Como é ate dia 6 de Novembro o prazo para a comissão europeia se pronunciar, só nos resta esperar pelo fim do dia.
Não me parece lógico sequer voltar a contactar o regulador nesta altura, antes do fim do prazo.

No entanto, na 2ª-feira farei contactos para tentar saber novidades.

Das minhas pesquisas pessoais (sem informação oficial da união europeia - que ainda aguardo resposta a email com esta pergunta), apenas posso dizer que não encontrei nenhuma informação de qualquer resposta aos regulamentos de jogo online cujo prazo de statuquo terminou hoje.
Mas pelo facto de eu nao ter encontrado resposta nao quer dizer que ela nao exista. Daí eu ja ter questionado a comissao europeia sobre onde ver essa resposta, e se houve resposta.

Entretanto, o que posso dizer do que entendi da Directiva 98/34 (link) é que o periodo de statuquo obriga o estado membro a suspender a aplicação do regulamento, mas findo esse periodo, se nada tiver sido respondido em contrário por parte de qualquer estado membro ou da propria comissão, então o estado membro pode avançar.
E no próprio Artigo 8º está referida a possibilidade da comissão nem responder:
A ausência de reacção da Comissão no âmbito da presente directiva, em relação a um projecto de regra técnica, não prejudica a decisão a adoptar no âmbito dos outros actos comunitários.
Entendi então que a não resposta pode ser o melhor para nós, para não atrasar mais.

Como disse acima, a ANAon vai tentar por todos os meios a partir de 2ª-feira tentar chegar à fala com o regulador para saber novidades.
Mal haja novidades concretas serão todos informados, quer aqui na Academia quer no site da ANAon.
Para já não vale a pena especular.
 

Atualização a 9.11.2015:

Novidades sobre as respostas da comissão europeia aos regulamentos técnicos:

- dos vários contactos que a ANAon desenvolveu durante o dia de hoje conseguimos perceber que há 2 tipos de resposta num período de statu quo:
- - "comentários/observações" e que não fazem aumentar o prazo de statuquo
- - "parecer circunstanciado" que fazem aumentar o prazo do statuquo (normalmente em +3 meses)

- dos 17 regulamentos de jogo online enviados pelo SRIJ para a comissão europeia a 05/08/2015 (base de dados TRIS):
- - 12 não tiveram qualquer resposta,
- - 4 tiveram resposta apenas de "comentários" pela Comissão
- - 1 teve resposta de "parecer circunstanciado" pela Comissão, o que levou aumento de prazo do fim do statu quo para +1 mês, agora com data de 07/12/2015

2015/442/P - Comentários - Regulamento que aprova as regras de execução das apostas desportivas à cota online.
2015/443/P - Comentários - Regulamento que aprova as regras de execução das apostas hípicas à cota online.
2015/445/P - Comentários - Regulamento que aprova as regras de execução das apostas hípicas mútuas online.
2015/446/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo bacará ponto e banca/Macau online.
2015/448/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo banca francesa online.
2015/449/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo blackjack/21 online.
2015/450/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo em máquinas online.
2015/451/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo póquer não bancado na variante “hold’em” online.
2015/452/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo póquer não bancado na variante “omaha” online.
2015/453/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo póquer sem descarte online.
2015/454/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo póquer não bancado na variante “sintético” online.
2015/455/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo de póquer em modo de torneio online.
2015/456/P - Comentários - Regulamento que estabelece as regras e os procedimentos relativos ao registo e conta do jogador no âmbito do Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online (RJO).
2015/457/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo roleta americana online.
2015/458/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo roleta francesa online.
2015/459/P - Parecer circunstanciado - Regulamento que define os Requisitos Técnicos do Sistema Técnico do Jogo Online.
2015/460/P - nenhuma resposta - Regulamento que aprova as regras do jogo do bingo online.

 
- No caso dos regulamentos que não tiveram nenhuma resposta, eles podem já ser publicados (com texto igual ao enviado) em Diário da República teoricamente a partir de hoje.
- Já nos regulamentos que tiveram comentários, mas cujo período de statu quo também terminou, os regulamentos podem também ser desde já publicados em DR, desde que tenham em conta os comentários que receberam.

Informaram-nos do IPQ (Instituto Português da Qualidade) que o conteúdo destes pareceres e comentários da Comissão Europeia é privado, e apenas enviados para o SRIJ. Mesmo assim já submetemos o pedido de consulta em https://ec.europa.eu/transparency/regdoc/index.cfm?fuseaction=fmb&language=pt .

Tentámos durante várias vezes conseguir contacto telefónico com os responsáveis do SRIJ, mas ainda não foi possível por estarem sempre em reuniões. Já enviamos também por escrito as perguntas principais que temos. Tivemos a garantia que o nosso pedido urgente de contacto ia ser passado aos responsáveis e que entrariam em contacto connosco logo que possível.

Questões em aberto:

[1] Mantém-se o prazo previsto de serem emitidas as primeiras licenças de apostas online em Novembro?

[2] Vimos que o regulamento de Requisitos Técnicos teve resposta da Comissão Europeia com “parecer circunstanciado” tendo sido adiado 1 mês o fim do período de statu quo para 7/12/2015. Na prática isto quer dizer que só haverá licenças após essa nova data?

[3] Qual a data prevista para o envio do regulamento das apostas desportivas cruzadas para a comissão europeia?


Atualização a 12.11.2015:

Acaba de ser publicado no site da Base de Dados TRIS da Comissão Europeia o regulamento das apostas desportivas cruzadas enviado pelo regulador português.

Link download PDF do regulamento de apostas cruzadas enviado para a Comissão Europeia

Link directo para a publicação na Base de dados TRIS: http://ec.europa.eu/growth/tools-databases/tris/pt/search/?trisaction=search.detail&year=2015&num=631

Número de notificação: 2015/631/P (Portugal)
Data de receção: 12/11/2015
Fim do período de statu quo : 15/02/2016

Aqui ficam resumidas as pequenas diferenças deste regulamento final enviado à Comissão Europeia e a 2ª versão colocada a discussão pública no início de Outubro, resultado de várias alterações profundas por contributo, não só, mas também da ANAon:

diferencas-regulamentos-apostas-cruzadas-enviado-comissao-europeia-12nov2015

Conclui-se ser um bom regulamento para as apostas desportivas cruzadas em Portugal.

 

anaon, apostas cruzadas, apostas online, lei do jogo online, regulamentação, srij, trading

Comentários (1050)
  1. punter-trader 02 dez 2015 - 15:38
    MatrixMellon escreveu:
    adec_12 escreveu:
    MatrixMellon escreveu:
    Vamos ser positivos e ter a esperança porque no mundo há mais um país que tem o mercado do poker fechado e do trading aberto, é o país do pai natal.

    Vamos ser positivos e ter esperança como os nossos vizinhos espanhóis que à 3 anos ouvem as falsas promessas do seu regulador como ouvimos ontem, que o mercado no futuro vai ser aberto.

    Vamos ser positivos e ter a esperança depois de ontem à representante do regulador ter mentido ao dizer que as operadoras já sabiam que o mercado ia ser fechado quando começaram a pedir as licenças, as operadoras hoje estão a preparar um processo contra o regulador, foram enganadas como todos nós.

    Dsc lá mas agora mais que nunca não podemos ficar parados e esperar que corra tudo bem
    Onde é que viu que as operadoras estão a preparar um processo contra o regulador?

    Pokerpt dito por um membro da Anaon

    Acho que ele disse que poderiam processar porque também foram enganados e não que iam processar.
  1. MatrixMellon 02 dez 2015 - 15:57
    punter-trader escreveu:
    MatrixMellon escreveu:
    adec_12 escreveu:
    MatrixMellon escreveu:
    Vamos ser positivos e ter a esperança porque no mundo há mais um país que tem o mercado do poker fechado e do trading aberto, é o país do pai natal.

    Vamos ser positivos e ter esperança como os nossos vizinhos espanhóis que à 3 anos ouvem as falsas promessas do seu regulador como ouvimos ontem, que o mercado no futuro vai ser aberto.

    Vamos ser positivos e ter a esperança depois de ontem à representante do regulador ter mentido ao dizer que as operadoras já sabiam que o mercado ia ser fechado quando começaram a pedir as licenças, as operadoras hoje estão a preparar um processo contra o regulador, foram enganadas como todos nós.

    Dsc lá mas agora mais que nunca não podemos ficar parados e esperar que corra tudo bem
    Onde é que viu que as operadoras estão a preparar um processo contra o regulador?

    Pokerpt dito por um membro da Anaon

    Acho que ele disse que poderiam processar porque também foram enganados e não que iam processar.

    O que eu quis sublinhar foi que essa senhora do departamento de regulamentação do jogo foi capaz de dizer que as operadoras já sabiam que o mercado ia ser fechado quando todos, incluindo as operadoras ficaram de boca aberta com a notícia. E vou ouvir outra vez com mais atenção logo quando chegar a casa mas tenho quase a certeza que ouvi que as operadoras já planeavam hoje o processo
  1. MrJuliusDhelas 02 dez 2015 - 16:20
    Vai ter que ser em Maiusculas , os 3 pilares das apostas são ( sem ordem especifica)


    TRADING

    POKER

    APOSTAS SIMPLES

    O que já sabemos


    POKER - após meses em que se dava como garantia mercado aberto (fechado é praticamente inviável ) á ultima da hora
    e de forma muito estranha avisam que fecham o mercado


    (ninguém ganha com isto , nem a santa casa nem os casinos portugueses nem o estado nem as salas internacionais
    diminuir o valor de mercado diminui as receitas para todos)


    APOSTAS SIMPLES - Impostos altissimos , inconstitucionais e vai haver processo no tribunal europeu por parte de uma associaçao europeia precisamente por causa disso



    TRADING - Após verificarmos as duas alienas acima que demonstram INCOMPETÊNCIA , CORRUPÇÃO E INCAPACIDADE
    vejo que existem posts que dizem , AH NÃO NO TRADING VÃO SER MUITO SÉRIOS E VAI SER MERCADO ABERTO


    OU SEJA APÓS DIZEREM 6 MESES QUE NO POKER É MERCADO ABERTO , APÓS ENGANAREM TODOS NO ULTIMO DIA
    APÓS NADA ESTAR NA LEGISLAÇÃO DO POKER A DIZER QUE É MERCADO FECHADO AINDA ACREDITAM QUE
    NO TRADING TUDO SERÁ DIFERENTE  (bien)

    MEUS AMIGOS OXALÁ ,MAS É PRECISO SEREM INGÉNUOS COMO A ABELHA MAIA
  1. themanofthegame 02 dez 2015 - 16:26
    Resumo do que foi ontem discutido na Conferência por quem esteve por la
    http://www.pokerpt.com/blogs/d333p/conferencia-gamblingcompliance-by-d333p

    A conferência arrancou logo com a vice-presidente do Turismo de Portugal que entre slides lá foi enumerando as características da moldura legal do jogo online em Portugal:

    - criação de mercado aberto, sem limite no número de licenças, etc… para passar a resumir as características do modelo português e acabar a sua intervenção a falar dos períodos de status quo vigentes, 7 de Dezembro e 12 de Fevereiro, sem que tivesse dito nada que já não se soubesse.

    De seguida começou o painel sobre a perspectiva dos operadores locais, internacionais e associações de trading com : Pierre Tournier, RGA, Fernando Paes Afonso, Vice Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e Administrador Executivo do Departamento de Jogos e Paulo Rebelo, Presidente da ANAon.

    Daqui destaco a intervenção do Paulo rebelo que tentou alertar para o perigo de uma regulamentação mal feita, neste caso devido ao modelo de taxação escolhido - diferenciador, ambicioso e progressivo;  poder fomentar o jogo ilegal o que apesar de ser um ponto de vista válido caiu algo mal na sala.

    O tema entrou assim desde o início na taxação e a discussão focou-se no ponto de vista de Pierre Tournier que defendia que a taxação tinha sido mal feita uma vez que para as apostas simples era a mais alta da Europa (8%-16%) o que iria fazer com que na prática nenhum operador de apostas simples queira investir no nosso mercado - o que é tanto mais grave quanto mais levarmos em consideração que dentro do jogo online, o único segmento que cresce e de forma consistente são as apostas simples; e que por isso, mas não só, a taxação escolhida era discriminatória e injusta ao favorecer e diferenciar a Santa Casa dos outros operadores, o trading nas apostas das apostas simples e os operadores pequenos dos grandes.

    Do “outro lado” Fernando Paes Afonso argumentava que a taxação era uma escolha livre nacional, era equilibrada, não existia nenhum favorecimento da Santa Casa e que também ele gostaria de não pagar imposto como, alegadamente, defende a RGA.
    A RGA contra argumentou concluindo que não é verdade que cada estado possa taxar como quiser e que existem regras europeias a ser observadas, que em momento nenhum tinham defendido taxação 0 e que este modelo errado de taxação que na opinião deles só ajudava à consolidação do monopólio da Santa Casa iria ser combatido com recurso aos tribunais.

    Confesso que estranhei muito que o vice-provedor da Santa Casa falasse com autoridade e segurança como representante do Estado e do Governo Português. Pareceu-me um excesso da sua competência. Posso estar enganado.

    Seguiram-se mais duas apresentações, sendo de destacar a de António Moura Portugal – sócio da ABBC Advogados que chamou a atenção de que o modelo de taxação escolhido poderá ser inconstitucional, com as consequências conhecidas, uma vez que poderá violar o princípio da “neutralidade”.

    Isto antes do almoço já foi revelador de que o modelo de taxação escolhido estaria errado na forma e no conteúdo para a maioria dos agentes e que iria ser disputado legalmente o que só por si, não é boa notícia uma vez que pode atrasar este processo mais tempo.

    Mas o “melhor” estava reservado para depois do almoço.

    Seguiu-se novo painel de discussão sobre impostos, publicidade e licenciamento do jogo online com Nuno Azevedo Neves, sócio, ABBC Advogados, David Perry, Senior Manager, Deloitte, Hospitality & Leisure Division e Richard Woolich, Partner & Head of UK Tax, DLA Piper onde também se falou das ferramentas ao dispor dos reguladores para fazerem face aos operadores ilegais e Richard Woolich reforçou a ideia de que quando se legisla sobre matéria fiscal existem regras da EU a ser observadas.

    Novo painel de discussão, desta vez sobre a perspectiva do regulador e a abertura do mercado de jogo online – processo de introdução da nova legislação, atribuição das primeiras licenças com os três reguladores responsáveis pela regulamentação de Portugal, Espanha e França - Manuela Bandeira, diretora do jogo online do SRIJ,  Juan Espinosa, Deputy General, DGOJ e Claire Pinson, ARJEL com partilha das respectivas experiências nacionais.

    Manuela Bandeira referiu que tem conhecimento que existem sites a operar ilegalmente e que estavam a aprender a gerir este processo todo e a diligenciar no sentido dos tribunais poderem suspender os pagamentos nos sites ilegais.
    Também se falou nos mecanismos de auto-exclusão mas a conversa foi avançando para a liquidez partilhada e mencionou-se estarem a ser dados passos no sentido de haver acordos de cooperação nesse sentido com Espanha e França o que me fez soar todas as campainhas de alarme.

    Os reguladores espanhóis e franceses referiram que no futuro seria desejável que estivessem juntos no mesmo mercado embora a conversa ainda pareça estar no âmbito das intenções uma vez que também consideravam o mercado europeu uma realidade distante uma vez que, na opinião deles, tal só será possível quando existir harmonização fiscal entre os estados membro e como se sabe isso é muito difícil, para não dizer já, impossível, de acontecer.

    Em relação a datas para atribuição das primeiras licenças Manuela Bandeira não se comprometeu e apenas expressou que pretendia que fosse o mais rápido possível ainda que formalmente se esteja à espera do fim do status quo e partindo do princípio que não haverão mais entraves. Mas referiu também que a seguir à publicação em Diário da República do Regulamento os operadores terão que se sujeitar a certificação dos seus sistemas técnicos de jogo e que esta fase também irá levar o seu tempo.

    Uma vez que a questão da liquidez partilhada já tinha sido por diversas vezes abordada sem o ter sido de forma clara foi perguntado o que quer dizer com liquidez partilhada - uma vez que neste caso existem modelos diversos, sendo que o francês e o inglês são os exemplos mais óbvios e que seria necessário perceber afinal de qual deles se estaria a falar; e Manuela Bandeira responde a essa questão de forma sucinta que “numa fase inicial será como o modelo francês mas a ideia no futuro é ser como o inglês” e aqui, tenho de confessar, “caiu-me tudo”.

    Para mim esta questão não era clara mas sempre desejei que fosse do modelo inglês que estivéssemos a falar. Afinal não, vamos ter modelo francês (semi-aberto) e pessoalmente não compreendo se sempre foi esta a ideia ou se terão mudado de ideia no decorrer do processo.

    Se sempre foi esta a ideia das duas uma:

    Ou não se soube fazer a pergunta e/ou não se soube interpretar a resposta ou então não foram honestos connosco.   

    Se mudaram de ideia fica a dúvida de qual terá sido a razão para isso ter acontecido.

    No intervalo e uma vez que não era o único confundido pelo que tinha acabado de ouvir tive oportunidade de ouvir de novo o mesmo pela mesma senhora agora com o acrescento de que numa fase de transição (entre o modelo francês e o inglês) talvez fosse possível partilharmos liquidez com franceses e espanhóis.

    Seguiu-se novo painel sobre a perspectiva europeia – revisão dos reguladores para 2015 e um olhar sobre 2016 com Teresa Monteiro, Pieter Remmers, Charles Coppolani, Pierre Tounier e Philippe Vlaemminck de onde destaco a confissão do responsável da RGA de que teriam sido eles a suscitar as questões que estiveram na base do parecer circunstanciado da Comissão Europeia e de que iriam avançar para os tribunais por causa do modelo de taxação.

    E foi neste clima agridoce que a conferência encerrou.

    No final e de forma informal estive à conversa com pessoal da ANAon , da PTpokernews, a vice-presidente do Turismo de Portugal e a Directora do SRIJ para, pela terceira vez, eu e os outros ouvirmos o que já tínhamos ouvido de forma a que não restasse nenhuma dúvida ou mal entendido.

    Ainda houve tempo para algumas inconfidências ditas de forma informal que não seria elegante da minha parte estar aqui a reproduzir mas posso dizer que, pessoalmente e de acordo com a minha sensibilidade (e gostaria de sublinhar que o que vou dizer a seguir é subjectivo e poderia não ser o ponto de vista de outra pessoa, mas é o meu) vi hoje que o Poker não está bem representado na ANAon e que de futuro se os jogadores se quiserem associar estarão melhores numa associação própria, que este processo todo aparenta estar assente num favorecimento à Santa Casa e que os reguladores responsáveis são muito solícitos, simpáticos, disponíveis e abertos ao diálogo mas estão obviamente muito mal preparados e iniciativas deste género (conferências enriquecedoras) teriam sido muito mais úteis antes do processo ter sido iniciado.

    Quer-me parecer que foi tudo feito à pressa e que em muito se fez a opção, perigosa, de se atalhar caminho com consequências infelizmente drásticas. As razões podem ser diversas, pode ter sido porque seria mais fácil desta forma ou porque houve intenção de fazer tal e qual assim. Não acho que valha a pena nem quero especular. O que sei é que foi assim que se optou pelo blackout em vez dum período transitório e se optou pela mercado semi-aberto em vez de um aberto.

    E já diz o povo sábio que a corda parte sempre pelo lado mais fraco e que quando a água bate na rocha… vocês sabem o resto.

    Gostaria que o resumo fosse diferente mas foi o melhor que consegui.

    Abraço a todos.



  1. migsports21 02 dez 2015 - 16:59
    Obrigado pelo resumo.

    Aguardemos então algum esclarecimento/opinião da Academia ou Anaon.

    O silencio é ensurdecedor e em nada benéfico.

    Melhores cumprimentos
  1. themanofthegame 02 dez 2015 - 17:04
    Jogadores reagem às notícias da regulamentação

    http://www.pokerpt.com/noticias/regulamentacao/27978-jogadores-reagem-as-noticias-da-regulamentacao.html

  1. Javardo69 02 dez 2015 - 17:17
    mas se não estiver escrito no regulamento que o mercado é fechado a quem for atribuída a licença pode se quiser dar a opção de jogar com mercado aberto, penso que a única restrição que está escrita no regulamento do poker é que só se poder jogar em euros (que já é uma grande restrição mas melhor que a do mercado fechado)
  1. MrPedroGPRO 02 dez 2015 - 17:28
    Isto é uma vergonha , uma total vergonha, ninguem nos diz nada , a SRIJ faz o que quer e o que lhes apetece , como o governo , nem comento.
  1. sovisto 02 dez 2015 - 17:32
    Faria1990 escreveu:
    O desespero de algumas pessoas quase dá para rir. O mercado fechado é para o poker não para as apostas cruzadas em nenhum sitio diz isso, mas basta alguém lançar a boca para o ar fica tudo maluco. Os dirigentes da Anaon e mais concretamente o presidente Paulo Rebelo já provaram que são dignos da nossa confiança por isso tenham calma e confiem no trabalho das pessoas. Se tudo correr normalmente vamos ter uma lei igual à inglesa o que é fantástico. Não inventem mais teorias da conspiração do governo, da santa casa, etc deixem as coisas correr. Eu também estou muito ansioso pelo regresso da betfair ao nosso país mas sofrer por antecipação não ajuda em nada. Cumprimentos.
    Dá para rir? ora aqui está um parvalhao que aposta porque sim. está visto que nao te sustentavas a pala disto... eu agora vou te dizer o que dá para rir: pessoas que trabalham nisto terem que deixar de fazer aquilo em que são boas para que outros echerem os seus bolsos... isto dá para rir? és muito estupido, é só de agora ou já nasceste assim? eu nao estou em desespero se é que te referiste ao meu comentário, eu continuo a usar a betfair como sempre usei. ; ) e só pago 2% de comissao ve la ainda estou melhor, mas como eu nao penso so em mim, há pessoas que secalhar nao tem a possibilidade de abrir uma conta na betfair como toda a gente faz ultimamente... portanto resume-te a tua insignificância porque devias era tar caladinho.
  1. sovisto 02 dez 2015 - 17:35
    MrPedroGPRO escreveu:
    Isto é uma vergonha , uma total vergonha, ninguem nos diz nada , a SRIJ faz o que quer e o que lhes apetece , como o governo , nem comento.
    vamos deixar andar... estar quietinhos sem fazer nada é que é bom e como o governo gosta... por mim era tudo a porrada esses fdp... depois admiram se das pessoas se passarem da cabeça e rebentarem com tudo