
Um estudo mostra que são milhares de portugueses com problemas de jogo e de raspadinhas. Saiba mais sobre o tema e sobre como jogar com responsabilidade.
Não é novidade, mas agora há dados que o comprovam. Em Portugal, cerca de 100 mil pessoas têm problemas de jogo e de raspadinhas. O estudo foi feito pelo Conselho Económico e Social (CES) e pela Universidade do Minho (UM). A notícia foi inicialmente avançada pelo jornal Público.
Desses 100 mil portugueses, citando o referido jornal, 30 mil “quase de certeza têm doença instalada, ou seja, perturbação de jogo patológico.” Isso significa que nem as consequências negativas impedem essas pessoas de continuar a jogar.
Alguns dados curiosos do estudo passam pelo facto de pessoas com rendimentos baixos, entre 400 e 664€, terem mais probabilidade de jogar com frequência. O mesmo se pode dizer sobre os estudos e idade: pessoas com 66 anos ou mais, bem como aqueles que têm apenas o ensino básico, são também mais propícias a jogar.
O estudo mostra ainda que é possível que muitos tenham “perceções erradas” acerca das probabilidades de vencer no jogo. Outra indicação que é dada diz respeito à recomendação de se melhorar a legislação para educar melhor os jogadores para todos os perigos.
Fica a saber mais alguns pormenores sobre vício, jogo responsável e mecanismo de autoexclusão de seguida.
Joga com responsabilidade
O jogo deve e tem de ser encarado como um passatempo. O problema é quando as pessoas se deixam levar pelas falsas promessas de apostas ou de casino. O vício pode trazer consequências graves e não apenas a nível pessoal.Além de poderem gerar desvios no nosso comportamento, essas consequências passam também pelas nossas relações serem afetadas. Amigos, família e outros podem sofrer com isto. E além da ruína a que este vício pode levar, muitos acabam por cair noutros problemas – em casinos, por exemplo, é muito normal haver consumo de álcool.
Para jogar com responsabilidade, um dos primeiros passos é saber que não devemos gastar mais do que podemos perder. Para isso, uma hipótese é definir desde logo limites para o jogo e nunca os exceder.
Outro fator a ter em atenção é que não se deve ir atrás de perdas. Quando se perde, muitos pensa quem conseguem recuperar o dinheiro. A verdade é que isso pode levar os jogadores a entrarem ainda mais fundo em espirais negativas.
Em Portugal, além da autoexclusão sobre a qual falaremos de seguida, há recursos como o contacto gratuito da Linha Vida (1414). Nas cidades portuguesas, jogadores podem também procurar ajuda Divisões de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (DICAD).
Aproveita e lê estes dois artigos:
- Como reconhecer sinais de vício em apostas desportivas
- Cuidados a ter para não cair no vício das apostas
Aproveita o recurso de autoexclusão
Como podes ler no nosso artigo sobre autoexclusão de jogos online, este recurso permite que jogadores requisitem a operadoras na internet ou casinos que sejam excluídos desses espaços.Essa autoexclusão pode ser por tempo indeterminado ou por um período definido. Por lei, todas as casas são obrigadas a oferecer esta opção aos seus clientes e até a de definir limites de gastos.
Indivíduos podem pedir diretamente a casas online ou casinos para serem autoexcluídos. Se preferirem, podem preencher um formulário online do SRIJ (Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos) para requisitar essa exclusão.
✅ O que é autoexclusão?
✅ Como pedir autoexclusão?