Cada apostador enquadra-se num tipo diferente de apostador.
Não há duas pessoas iguais, mesmo que a diferença entre elas seja absolutamente pequena. Nas apostas desportivas funciona da mesma forma. Há diferentes tipos de apostador, cada um com as suas características especiais. Se há milhares de casas de apostas, desportos e mercados para apostar, porque não haveria de haver também diferentes tipos de apostadores?
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É muito interessante que consiga identificar-se com um determinado grupo, pois isso pode dar-lhe uma melhor ideia das suas escolhas e de para onde o levarão. O tipo de apostador mais comum, no qual encaixam a maioria dos jogadores, é o que chamamos de jogador recreativo. O seu interesse é combinar a excitação com a possibilidade de ter algum retorno financeiro, mesmo que o próprio jogador reconheça que não está suficientemente preparado para isso. Este tipo de jogador aceita as odds oferecidas pelas casas de apostas, porque na sua concepção esse é o valor real para que um determinado evento ocorra através da sua análise (mesmo que tenham pouca ou nenhuma base). A curto prazo pode até funcionar, mas para ter ganhos consistentes a longo prazo não é o melhor.
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Talvez o nível mais complexo de apostador seja aquele em que os apostadores estabelecem as suas próprias odds para que um evento ocorra. Isto significa que não se contentam com as odds oferecidas pelas casas de apostas e vão mais além, tentando descobrir se existe valor nas odds disponíveis e, consequentemente, se há possibilidade de tirar partido delas. O seu objetivo não é apenas igualar a capacidade das casas de apostas de encontrar uma odd justa, mas sim ser mais eficazes ao ter uma leitura mais completa através de informações mais precisas. Obviamente que este grupo de apostadores representa uma pequena percentagem do total de apostadores espalhados por todo o mundo, pois é necessário atingir um nível muito profissional ou muito próximo disso.
Um grupo semelhante ao anterior são aqueles que têm a ideia de profissionalismo, conhecem a importância de agir de certa forma, mas falham na execução das suas estratégias. Têm conhecimentos teóricos, adquirem alguma preparação para colocar o seu estilo em prática, mas perdem-se um pouco quando se trata aplicar as estratégias. Muitas vezes não têm a leitura correta do motivo pelo qual ganham ou perdem, pois ganhar uma aposta nem sempre é mérito do apostador, assim como perder uma aposta não significa que a estratégia tenha sido errada. Infelizmente, jogadores com estas características tendem a valorizar as suas decisões, atribuindo muitas vezes ao azar a culpa dos seus prejuízos.
Este grupo está no meio-termo entre os dois grupos mencionados anteriormente. Muitos tentam evoluir e superar as suas próprias deficiências e dificuldades, no entanto, outros perdem-se pelo caminho porque lhes falta a autocrítica necessária para compreender porque estão a falhar.
Muitos apostadores não entram muito neste estilo de tentar ser melhor que uma casa de apostas em particular, estabelecendo odds mais interessantes através da sua pesquisa. Em vez disso, tentam comparar os mesmos eventos em diferentes casas de apostas até descobrirem onde e quais são mais eficientes e quais deixam lacunas a serem exploradas. Isto é bastante comum nos desportos ou mercados que não são tão populares, pois nos mercados mais populares existem equipes e sistemas altamente qualificados das plataformas e empresas do setor.
Embora o ideal seja ter uma preparação técnica e psicológica para enfrentar as apostas, pelo menos conhecer os seus limites e possibilidades de lucro (e perda) já é um caminho importante a seguir. A maior armadilha é identificar-se com um grupo e agir como outro. Nesse caso a análise das suas perdas, e mesmo das vitórias pontuais, será um pouco superficial.
Pelo contrário, ao tentar ter esse autoconhecimento, torna-se mais fácil identificar as suas probabilidades e o que é necessário para evoluir e ser mais rentável.
