É importante analisar alguns elementos para medir a vantagem da equipa da casa no jogo.
Ao fazer uma aposta num jogo de futebol, é importante analisar vários elementos, pois influenciam diretamente na atuação da equipa e, consequentemente, na aposta. Um dos elementos que mais pesam ao avaliar e optar por um evento é quem joga em casa nesse jogo e de que forma isso pode trazer-lhe vantagens, já que é senso comum que a equipa que atua no seu estádio tem rendimentos e resultados melhores.
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Se analisarmos as melhores ligas da Europa, podemos observar que a vantagem da equipa da casa na temporada anterior foi em média de 60%. A Itália passou dos 62% e na Alemanha ficou na casa dos 58%. Independente do ano analisado, os números mantêm-se dentro deste padrão, comprovando que mesmo numa análise simplista as equipas da casa realmente costumam levar a melhor. Aprofundando um pouco mais, é importante entender e fazer uma leitura dos motivos que levam a estes números, pois não são iguais para todas as equipes e não é em qualquer momento que estes dados são positivos.
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Ainda que possa ser um assunto polémico, a parcialidade do árbitro a favor das equipas da casa é um fator determinante. Não é uma questão que nos faça duvidar da honestidade do árbitro, será mais por questões psicológicas e naturais do ser humano. Ao apostar é importante juntar estas peças com o nível de importância do jogo, as características de comportamento da equipa perante as decisões do árbitro, além da diferença de estatuto entre os dois clubes.
É claro que a claque, a parte mais preciosa do futebol, muitas vezes também tem uma atuação determinante. A forma como os adeptos se comportam, incentivando a sua equipa, ao mesmo tempo que buscam amedrontar o adversário, são características diretamente influenciáveis e que fazem muita diferença e mais para umas equipas que para outras. Quantas vezes nestas últimas décadas ouvimos falar da mística do La Bombonera e percebemos que o Boca Juniors é uma equipa que aproveita bem a vantagem de jogar em casa, fazendo com que muitos visitantes entrem em campo sentindo grande pressão psicológica.
Dependendo do país, há também a questão da fadiga da deslocação, outra questão importante ao analisar de que forma a equipa da casa poderá ter maior ou menor vantagem. Enquanto no Brasil é comum haver viagens de mais de 2 mil km para um jogo do campeonato nacional, em Inglaterra as maiores distâncias da Premier League são de pouco mais de 500 km. É uma diferença muito grande e influencia a qualidade da competição e a atuação das equipas.
No entanto, está claro que o que fala mais alto ainda é a qualidade das equipas. Equipas de topo, acostumadas a vencer as suas ligas nacionais e a disputar títulos, são menos afetadas pelas questões citadas. Beneficiam de jogar em casa e não sentem tanto quando viajam para jogar como visitante. Pelo contrário, quanto mais fraca é a equipa na competição, mais o fator casa é determinante para conquistar os seus pontos. A diferença de atuações e o resultado final do jogo é muito maior nas equipas tecnicamente inferiores, para as quais o fator casa é essencial para alcançar os seus objetivos, mesmo que seja apenas para evitar descer de divisão.
Isto só comprova que, ao apostar, não podemos tirar conclusões precipitadas, olhando apenas para os números totais, mesmo que no fim haja uma clara vantagem para as equipas da casa. Além da comparação das duas equipas e de ver como tiram proveito de atuar no seu estádio, há fatores motivacionais e psicológicos que interferem diretamente no resultado e não apenas a parte técnica do jogo. São pequenos detalhes que fazem toda a diferença para encontrar uma aposta de valor. A questão da equipa da casa é uma delas.
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