O cientista britânico teorizou sobre os dados de Inglaterra desde o Campeonato do Mundo de 1966, para que, em 2014, ganhasse o Mundial.
No entanto, Roy Hodgson, na altura treinador da seleção inglesa, não lhe deu ouvidos.
Stephen Hawking mergulhou, durante um mês, em inúmeros dados da seleção inglesa desde o Mundial de 1966 – ano em que tinha apenas 24 anos e Inglaterra se sagrou campeã do Mundo – e teve em conta variáveis como a temperatura, a altitude, a distância de casa e até (imagine-se só) as WAG’s (wives and girlfriends) e questões capilares. Sim, questões capilares.
Graças a fórmulas matemáticas complexas, o cientista britânico chegou a várias conclusões bastante curiosas. Uma delas era que os ingleses tinham mais 20% de probabilidades de sucesso caso jogassem de vermelho, como acontecera em 66 quando se tornaram campeões: para defender esta tese, Hawking apurou que esta cor dá mais confiança, agressividade e maior domínio.
Mas houve mais. Stephen Hawking percebeu que a seleção, na altura orientada por Roy Hodgson, tinha menos 59% de probabilidades de ganhar o jogo de estreia frente à Itália. E por que? Porque a partida ía ser na Amazónia. A verdade é que os receios do físico confirmaram-se com o insucesso do resultado 2-1.
A acrescentar a estas teorias, o físico apurou ainda que quanto mais próximo o ponteiro estivesse das 15 horas inglesas maior seria a probabilidade de vencer, o que pode explicar o desastre que foi a prestação da equipa nesse ano: é que nenhum jogou coincidiu com esse horário, já que na costa brasileira são menos três horas e em Manaus (Amazónia) menos quatro, situação que, para que Inglaterra jogasse às 15h, obrigaria a que algumas partidas começassem entre o final da manhã e o principio da tarde do lado de lá do Atlântico.
Hawking, que morreu nesta quarta-feira aos 76 anos, comprovou alguns factos que até então eram assuntos inquestionáveis do desporto-rei. Tentou contrariar o destino de Inglaterra em grandes competições: o trauma antigo da marca dos onze metros. Concluiu que os avançados marcavam mais golos e que jogadores louros e carecas tinham uma maior taxa de sucesso do que os morenos: Hawking não conseguiu descodificar as razões para este fator, referindo-se a ele como «um dos mistérios da ciência».
O que é certo é que Inglaterra despediu-se do Mundial sem honra nem glória ao fim de três jogos: terminou o Grupo D no último lugar com apenas um ponto. Já a iniciativa de Hawking, promovida por uma casa de apostas, fez doar dinheiro para a Motor Neurone Disease Association e Save The Children's com ação na Síria.
Está explicado porque fomos campeões Europeus