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Uma breve noção sobre adaptação de ranges

Uma breve noção sobre adaptação de ranges
Daniel Dornelles fez um pequeno artigo educativo para a Academia. Não deixes de ler!
por Academia   |   comentários 0
sexta, maio 8 2020

Um erro comum, cometido pela maioria de jogadores iniciantes e inexperientes, certamente é como adaptar ranges de acordo com posição e adversários. Tal assunto poderia render amplo debate e estudo mas, da forma mais sucinta possível, tentarei exemplificar como creio ser a melhor forma de pensar a adaptação de ranges.

Em primeiro lugar, o poker é um jogo sobre pessoas em que se usam cartas e fichas. Inevitavelmente, no longo prazo, os melhores e mais preparados jogadores irão ficar com os maiores ganhos, isso é incontroverso. Não estou a considerar aqui downswings, bad runs, bad beats em potes grandes, etc...

Partindo de tal pressuposto, temos um conceito evidente do poker à nossa frente: o dinheiro não vem dos bons jogadores, mas daqueles mais fracos que nós. Logo, embora pareça óbvio, não custa frisar que devemos jogar mais mãos contra jogadores mais fracos e menos mãos contra jogadores mais fortes. Portanto, algo que jogadores fracos, iniciantes ou inexperientes não se dão conta é que as mesmas mãos que deveriam jogar contra outros jogadores fracos, deveriam fazer fold sem hesitação contra jogadores competentes.

O que eu vejo todos dias nas mesas é jogadores fracos a jogar mãos que não deveriam contra bons jogadores. É como se tivessem na cabeça que é standard pagar qualquer raise, seja de quem for, da posição em que se abriu, os stacks e históricos entre si, com aquele AQo. Isso é péssimo e custa muito dinheiro a longo prazo.

Este artigo não irá voltar a focar uma tabela de mãos para facilitar a adaptação de ranges de acordo com o adversário e outros fatores, mas tem como objetivo abrir a mente do leitor para um ponto muito simples e crucial para o sucesso neste desporto: jogar ranges mais capados de acordo com a habilidade do oponente(es) que se está a enfrentar. Por outras palavras, devemos ter em mente jogar somente as melhores mãos quanto melhor e mais competente for nosso adversário. E se acharmos que ele é muito bom e não nos sentirmos confortáveis com a maior parte de nosso range, simples: foldamos e vamos para a próxima mão. Lembrem-se: o poker também é um jogo de confiança! É evidente que devemos ter cuidado para não nos tornarmos exploráveis, mas isso será abordado de forma mais especifica num artigo futuro.

Mesmo após cinco anos jogando cash games de forma profissional, não me canso de foldar grandes mãos pré-flop contra bons jogadores. Costumo dizer que no poker, entre outras tantas coisas, é de evitar colocarmo-nos em situações difíceis e complexas. Elas já irão aparecer de forma natural, inevitavelmente. E, tenha certeza, tudo isto passa por uma correta seleção e adaptação de ranges pré-flop.

Então, para finalizar, tenham em mente nas vossas próximas sessões ter um range cada vez mais capado contra bons jogadores, ao mesmo tempo que abrem o leque contra os mais fracos. Não sejas robôs: pensem em ranges, façam as adaptações corretas e passem a lucrar mais jogando mãos com as quais se sintam confortáveis.
 
Daniel Dornelles