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Orçamento de Estado 2020 e o jogo online (O que muda?)

Orçamento de Estado 2020 e o jogo online (O que muda?)

Depois de muitas e confusas notícias que foram saindo ao longo do dia, estas são as reais alterações propostas pelo Orçamento de Estado 2020.

por Filipa Silva   |   comentários 0
terça, dezembro 17 2019

Há algumas alterações importantes propostas pelo Orçamento de Estado 2020, no que concerne ao IEJO (Imposto Especial sobre o Jogo Online) e que se aplicam às casas com licença para operar em Portugal.

Estas alterações simplificam muitas coisas, tornam a concorrência um pouco mais simples, mas não são ainda as ideais.

Sugerimos que caso conheçam jornalistas, possam passar este artigo, pois todas notícias que saíram ao longo do dia sobre o tema, estavam com erros.

O que muda no Artigo 89.º que se refere a jogos de fortuna e azar, nomeadamente casinos e poker?


O Orçamento de Estado altera duas coisas.

Primeiro: a progressividade do imposto, que passa a ser fixo nos 25%.


Antes:

2 - A taxa do IEJO nos jogos de fortuna ou azar é de 15%.
3 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, quando a receita bruta anual da entidade exploradora for superior a (euro) 5 000 000,00, a matéria coletável é dividida em duas parcelas:
   a) Até ao montante de (euro) 5 000 000,00, aplica-se a taxa de 15%;
   b) Sobre o excedente, a taxa é determinada com base na seguinte fórmula: Taxa = [15% x (montante da receita bruta anual/(euro) 5 000 000,00)]
4 - A taxa calculada nos termos da alínea b) do número anterior tem como limite máximo 30%.

Agora:

2 - A taxa do IEJO nos jogos de fortuna ou azar é de 25%.

Segundo: o imposto a cobrar a empresas em que a única fonte de renda é uma taxa de uso.


Antes:

6 - O disposto nos números anteriores não se aplica quando as comissões cobradas pela entidade exploradora são o único rendimento diretamente resultante da exploração dos jogos de fortuna ou azar em que os apostadores jogam uns contra os outros, caso em que o IEJO incide sobre o montante dessas comissões à taxa de 15%.


Agora:

6 - Para efeitos do disposto no presente artigo, as comissões cobradas ao jogador pela entidade exploradora integram a receita bruta.

Comentário: é interessante esta escolha de texto, pode deixar em aberto outros tipos de jogos, uma vez que é retirada a referência a jogos em que os apostadores jogam uns contra os outros.
 

O que muda no Artigo 90.º que se refere às apostas desportivas online?


O orçamente altera duas coisas.
 

Primeiro: a progressividade do imposto, que passa a ser fixo nos 8%.


Antes: 

3 - A taxa do IEJO nas situações descritas nos números anteriores é de 8%.
4 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, quando o montante das apostas efetuadas junto da entidade exploradora for superior a (euro) 30 000 000,00, a matéria coletável é dividida em duas parcelas:
   a) Até ao montante de (euro) 30 000 000,00, aplica-se a taxa de 8%;
   b) Sobre o excedente, a taxa é determinada com base na seguinte fórmula: Taxa = [8% x (montante anual das apostas efetuadas/(euro) 30 000 000,00)]
5 - A taxa calculada nos termos da alínea b) do número anterior tem como limite máximo 16%.

Agora:

Pontos 4 e 5 são revogados.
 

Segundo: Agravamento no imposto sobre as apostas de exchange de 15% para 35%:


Antes:

7 - O disposto nos números anteriores não se aplica quando as comissões cobradas pela entidade exploradora são o único rendimento diretamente resultante da exploração das apostas desportivas à cota em que os apostadores jogam uns contra os outros, caso em que o IEJO incide sobre o montante dessas comissões à taxa de 15%.

Agora:

Nos casos em que as comissões cobradas pela entidade exploradora são o único rendimento diretamente resultante da exploração das apostas desportivas à cota em que os apostadores jogam uns contra os outros, o IEJO incide sobre o montante dessas comissões à taxa de 35%.
 

Comentários gerais:


Continua a haver um complicar legal e fiscal desnecessário e que atira alguns jogadores para o mercado paralelo. Bastaria pensar num imposto único de jogo online e tudo seria mais simples. Todos a pagar imposto sobre a Receita Bruta ou Comissões, num valor que podia ser nesta fase de 25%.

Há, apesar de tudo, um desagravamento no imposto sobre as apostas desportivas, passa a ser sempre de 8%, mas caiu-se no erro de manter este imposto sobre o volume de apostas.

Simplificou-se o imposto sobre os casinos, que passa a ser sempre de 25%. Não temos que tecer grandes considerações sobre a taxa em si, mas a simplificação é sempre importante.

As comissões cobradas em jogos de fortuna e azar e poker, passam a ser consideradas receita bruta e taxadas em 25%.

Existe um agravemento no imposto cobrado sobre as exchange, nas quais se enquadra a Betfair. O imposto passa, nestes casos, de 15% para 35%. De certa forma, é por si engraçado mexer numa taxa de algo que faz tanto tempo esperamos que fique regulado. Mais importante do que andar a alterar impostos, era ter esta modalidade de apostas operacional no nosso país. Contudo, se esta alteração significar que as exchanges poderão finalmente ser reguladas e entrar no mercado, então, esta é uma boa notícia.

Versão do Orçamento 2020
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Comentários (74)
  1. Cunistorgis 17 dez 2019 - 17:17
    O poder político não tem muito interesse em levantar poeira neste tema pois a Santa Casa e os Casinos de Portugal são dois lobbies fortes. Somente partidos fora do sistema como a Iniciativa Liberal ou o Chega poderão tomar uma posição pois não estão comprometidos com as redes de amizades e de interesses que se instalaram.

    Quanto aos jornalistas não contem com nada. A Santa Casa gasta fortunas em publicidade e os patrões dos meios de comunicação social têm algum receio de mexer com quem lhes dá de comer. É conveniente não esquecer que os jornais e as TVs estão em sérias dificuldades financeiras por causa da concorrência da internet.

    Chegar a bom porto vai demorar anos.
  1. Cunistorgis 17 dez 2019 - 17:22
    doctrader escreveu:
    AllinPORTO escreveu:
    Então a betfair não teve licença enquanto isto estava a taxar a 15%, vai obter licença com a subida da taxa para 35%?  (tonto)
    Caro amigo, como disse anteriormente o problema nunca foi esse, o problema até hoje foi mesmo de não haver regulação onde seriam permitidas as exchanges; se calhar ainda não sabias o que era a betfair e eu já cá andava há alguns anos. Antes de  (tonto) aconselho-te a ler e intrepretar o que está escrito e ler uns livritos de hermeneutica de vez em quando.
    Abraço

    Se houvesse vontade política já haveria regulamentos há 4 anos. É óbvio que estão a empurrar com a barriga para adiar e isso tornou-se muito mais notório quando o PS foi para o poder. É ler nas entrelinhas dos factos que são públicos e intuir as conclusões.

    Ninguém me tira da cabeça que coisas socialmente sensíveis avançaram logo na hora. Somos um país onde dois homens podem adoptar uma criança e onde uma mulher pode abortar que o Estado paga mas um português não pode apostar de forma livre. Isto merece uma reflexão.
  1. AllinPORTO 17 dez 2019 - 17:28
    doctrader escreveu:
    AllinPORTO escreveu:
    Então a betfair não teve licença enquanto isto estava a taxar a 15%, vai obter licença com a subida da taxa para 35%?  (tonto)
    Caro amigo, como disse anteriormente o problema nunca foi esse, o problema até hoje foi mesmo de não haver regulação onde seriam permitidas as exchanges; se calhar ainda não sabias o que era a betfair e eu já cá andava há alguns anos. Antes de  (tonto) aconselho-te a ler e intrepretar o que está escrito e ler uns livritos de hermeneutica de vez em quando.
    Abraço
    Conheces me de algum lado para saber há quantos anos conheço a betfair?
    Em vez de andares a mandar ler os outros, devias saber mais dos interesses políticos e de economia. Achas que alguém no seu perfeito juízo ia deixar de alimentar os seus sanguessugas? Iam deixar de perder o seu monopólio? Iam disperçar a sua receita? Ou voçes acham que com abertura da betfair o placard não perdia receitas?
  1. Cunistorgis 17 dez 2019 - 17:33
    AllinPORTO escreveu:
    doctrader escreveu:
    AllinPORTO escreveu:
    Então a betfair não teve licença enquanto isto estava a taxar a 15%, vai obter licença com a subida da taxa para 35%?  (tonto)
    Caro amigo, como disse anteriormente o problema nunca foi esse, o problema até hoje foi mesmo de não haver regulação onde seriam permitidas as exchanges; se calhar ainda não sabias o que era a betfair e eu já cá andava há alguns anos. Antes de  (tonto) aconselho-te a ler e intrepretar o que está escrito e ler uns livritos de hermeneutica de vez em quando.
    Abraço
    Conheces me de algum lado para saber há quantos anos conheço a betfair?
    Em vez de andares a mandar ler os outros, devias saber mais dos interesses políticos e de economia. Achas que alguém no seu perfeito juízo ia deixar de alimentar os seus sanguessugas? Iam deixar de perder o seu monopólio? Iam disperçar a sua receita? Ou voçes acham que com abertura da betfair o placard não perdia receitas?


    Se as pessoas votassem de acordo com os seus reais interesses económicos e financeiros as coisas mudariam um pouco.

    Se todos os apostadores recreativos e profissionais e os traders votassem na Iniciativa Liberal eram 50 a 100 mil votos extra para o partido. Ou seja, mais 2 a 3 deputados. Assim estou convicto que haveria mudança.

    Enquanto as pessoas votarem por clubite ou paixão esqueçam.

    Fazendo off-topic, faz-me por exemplo enorme confusão ver pessoas que têm casa própria e alguns nacos de terra de herança a votar BE, Livre ou PCP, partidos que são contra a iniciativa privada e contra a propriedade. Ou ver profissionais liberais e pessoas com pequenas e médias empresas a votar PS e PSD, partidos que só sabem aumentar a carga fiscal e criar regulamentações que destroem a viabilidade das actividades profissionais. Mas Portugal não tem grande cultura política e democrática, ao contrário de países como a Alemanha, Suíça, Holanda ou Reino Unido.
  1. Cunistorgis 17 dez 2019 - 17:38
    Posso estar enganado mas vai chegar o momento em que os jovens terão de se unir e votar num partido liberal que promova a mudança democrática contra o estatismo, o socialismo e o capitalismo de Estado do PS e do PSD. Uma geração inteira terá de se unir. Esse momento poderá estar para breve e virá no dia que começarem a fazer as regulamentações para o comércio online e os sites de stream. À boa maneira portuguesa vão tentar lixar os youtubers e os bloggers porque fazem concorrência às TVs e aos jornais. Nesse dia uma geração vai acordar se os youtubers usarem o seu poder para levar os seguidores às urnas.
  1. rossi25 17 dez 2019 - 17:42
    gostava de estar errado ! mas uns psis tão pequeno com um imposto enorme não acredito na volta da betfair...
  1. Pedro Cunha0066 17 dez 2019 - 17:54
    Era muito bom de facto, eu não percebo muito de leis , nem como elas influenciam uma casa de apostas. Admito, não era do tempo da betfair, pois ainda não apostava. Mas sem duvida, que pelo que já vi ia ser uma mais valia. A maneira passa também por não usarem placard e casas portuguesas, esqueçam isso. E que sejas bem vinda betfair.
  1. migsports21 17 dez 2019 - 20:03
    blá blá blá wiskas saquetas...então ate´pro ano no Orçamento para 2021. Saudações cordiais
  1. diogo1 17 dez 2019 - 22:34
    O problema nao é os 35%, se os regulamentos valerem zero em conteúdo tanto faz q seja 35 como 10 como 5
  1. Cunistorgis 17 dez 2019 - 22:39
    diogo1 escreveu:
    O problema nao é os 35%, se os regulamentos valerem zero em conteúdo tanto faz q seja 35 como 10 como 5

    Ora nem mais.